quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Viagem à Itália 09/2010

29/09/2010 


Queridos Amigos e Amigas. Último dia de passeio. Amanhã, viagem de volta. Os deuses do turismo nos deram de presente um dia de sol e céu azul, com um pouquinho de frio para não suarmos durante as caminhadas e subidas de morros que foram muitas. Saímos de Siena, que adoramos, e fomos para Montalcino para, de joelhos, agradecermos a região pelos ótimos vinhos tintos dali que havíamos tomado durante a viagem. Na estrada, os campos da Toscana ensolarados revelando, a cada curva, as paisagens típicas da região e que tanto vemos nos filmes e nas novelas. Casas no alto das colinas, cercadas de ciprestes e ao redor terras com plantações de videira e oliveiras ou, somente preparadas para o plantio do feno, algumas com os campos já verdinhos. Quando não era uma casa era uma cidade antiga esparramada no pico dos montes mais altos, formando um conjunto plástico tão lindo que só vendo para se ter uma ideia.  E assim era Montalcino. No alto de uma colina, está rodeada pelos vinhedos produtores do Brunello de Montalcino, um dos melhores vinhos da Itália  Há várias lojas na cidade onde podem ser provados. As ruas da cidade parecem ter parado no tempo e proporcionam delicioso passeio. No caminho da fortaleza da cidade, há o mosteiro de SantAgostinho e sua igreja do século 14 com bela rosacea e, logo à frente, o Palazzo Vescoville. Na Piazza del Popolo, a esguia torre do Palazzo Comunale, construída entre os séculos 13 e 14, domina a cidade. Andando por suas ruas, cada uma das laterais termina no infinito, descortinando, a cada esquina o espetáculo dos vales da Toscana lá embaixo. Com o sol e céu que fazia, cada foto era um cartão postal. Visita altamente recomendada. Dali, usufruindo o mesmo cenário antes descrito, fomos até a pequena e charmosa Pienza. Como disse a Dirlei, uma teteia. Muito acolhedora, esta aldeia teve seu tranquilo centro histórico quase que totalmente reprojetado pelo papa Pio II, no século XV, que ali nasceu em 1405. Era erudito e filósofo humanista. Eleito Papa em 1458, ele decidiu reconstruir sua cidade, rebatizando-a de Pienza, em sua homenagem. Construída a catedral, o palácio papal e a prefeitura, parou por ai. O grande projeto nunca foi concluído.  O que restou foi esse filet mignon de tranquilidade e beleza, dando-nos a real sensação de que havíamos voltado no tempo. Para quem gosta de história, do belo e do simples, este é o lugar na Toscana. De lá fomos em direção a Montepulciano, uma das cidades mais elevadas da Toscana. Plasticamente perfeita para uma foto tirada da estrada. Suas muralhas e fortificações oferecem vistas abrangentes da Umbria e do Sul da Toscana. Estacionamos o carro na base da montanha e entramos no centro histórico.  Para chegar na grande piazza, é uma longa caminhada morro acima, por entre o casario antigo. Lá no alto, mas muito alto, uma bela praça  com a catedral, a prefeitura com uma grande torre e o palácio. Há outras mais bonitas, no seu interior, do que esta cidade. É um esforço muito grande para ver uma praça  já que o casario não oferece maior destaque. Vale pelo visual da região que se tem lá de cima. Enfim, já era meio da tarde e tínhamos que dormir próximo do aeroporto, em Roma, e por isso, encerramos a visita da região.  Como sobremesa da viagem, a Toscana correspondeu plenamente nossas expectativas. No conjunto, a região mais linda da Itália.  Vale uma visita só a ela, pois, a despeito de termos visitado várias e principais cidades, muitas outras, tão lindas quanto, ainda estão lá para serem exploradas. Mais uma viagem terminada. As nossas impressões foram aqui registradas. Agora, no contato pessoal com todos aqueles que nos prestigiaram, poderemos aprofundar o que sentimos. Agradecemos que coração a grande audiência que este blog teve, mais de 400 acessos nestes 20 dias, especialmente àqueles que com seus comentários  se fizeram mais presentes e mais perto de nós, aumentando nossa alegria de viajar. Até a próxima.  Beijos.


28/09/2010 

Queridos e Queridas Amigos. Iniciamos o dia em Lucca, onde se destacam a Piazza Antelminelli, o Duomo do Seculo 11, de San Martino, a Piazza Napoleone, as pistas sobre a muralha, a Piazza San Michelle, o casario, a casa do compositor Puccini. Enfim, quem passar pela região  especialmente por Pisa, não pode deixar de visitar esta linda cidade. Dali saímos para mergulhar fundo na Toscana, rumo à cidade de San Gimignano. No caminho, todas as paisagens da Toscana que costumamos ver nos filmes, revistas e TV. Plantações de videiras, oliveiras, feno, etc. e, nas colinas pequenas cidades, destacando-se suas torres e seus ciprestes. E assim foram as paisagens se sucedendo até chegarmos numa importante cidade com essas características  A interessantíssima San Gemignano. As treze torres que se destacam no horizonte dessa cidade foram construídas por famílias nobres durante dos séculos 12 e 13, quando a cidade prosperou graças à sua localização na rota de peregrinação do norte da Europa para Roma. A peste de 1348 e o desvio no caminho dos peregrinos causaram o declínio econômico da cidade mas a preservaram. Os templários também deixaram suas marcas aqui. É incrível como a cidade foi mantida como era na Idade Média. Suas torres, uma diferente da outra, especialmente em tamanho, dão a tônica da cidade.A praça del Duomo, com a catedral, com seu interior todo pintado com passagens bíblicas e o Palácio Vecchio, bem imponente e o Palácio do Popolo, de 1288 e que hoje é a prefeitura. Uma delícia andar por suas ruas, hoje cheia de turistas, restaurantes, lojas, etc, e que uma dia, por essas mesmas paisagens desfilaram os peregrinos, os templários e o povo local que jamais imaginaria ver sua cidade assim ocupada por estrangeiros. A Piazza Nomi e a da Cisterna, uma mais linda e interessante que a outra. O visual ao seu redor, já que está bem no alto, dá uma perfeita visão da Toscana. Visita imperdível  Quando saíamos da cidade começou a chover torrencialmente. Pretendíamos tirar uma foto de longe da pequena cidade toda murada Monteriggione, mas nem isso foi possível  diante do cacau que caia. Assim chegamos em Siena, a pérola da Toscana. Encontrado o hotel, a chuva parou e logo em seguida sol e céu azul novamente. Siena tem tudo o que não encontramos em Florença.  Bela, sofisticada, bem resolvida, e gostosa de ser conhecida. Primeiro fomos, serpenteando por suas ruas medievais, até a Praça do Duomo. Majestosa. A catedral é impressionante, tanto por dentro como por fora. Por fora, clara, com mármore rosa e branco, com portal magnífico com colunas contorcidas em espiral, de várias tonalidades de cor. Por dentro, impressionantemente conservadora mas maravilhosa. Todas as suas colunas e paredes intercalando faixas de mármore negro e cinza, formando um conjunto parecendo uma grande zebra ou uma mesquita modejar. O que se destaca é o seu tamanho e o seu piso, o mais belo de todas as igrejas que já conhecemos. Vários desenhos complexos, coloridos e bem elaborados, unicamente com pedra e mármore  inclusive as sombras e os contornos, tudo feito com pedras de tonalidades diferentes. Incrível.  O restante da Catedral é ricamente pintado. A nave lateral norte tem esculturas de Michelangelo. Foi construída entre 1136 e 1182 e tem uma mistura espetacular de esculturas, pinturas e arquitetura gótico-românica. As pinturas são de Danatello, Nicola Pisano e Michelangelo. Dali fomos até a espetacular Piazza de Campo, a mais linda de toda a Itália.  Enorme, com um piso em forma de leque, cuja construção começou em 1293, com nove segmentos distintos, convergindo em descendente para um ponto, representando O Conselho dos Nove, grupo de governava Siena. Lá está também o imponente e belo Palazzo Publico, a graciosa prefeitura gótica da cidade que foi concluída em 1342. Com 102 metros, a torre do sino, torre del Mangia, é a segunda mais alta torre medieval da Itália. À volta dela se dá o famoso Palio de Siena, corrida de cavalos sem selas, registrada pela primeira vez em 1283, mas acredita-se que tenha surgido nos treinamentos militares do romanos. Os jóqueis representam 10 dos 17 distritos que correspondem a paróquias. Os cavalos são escolhidos por sorteio e benzidos na igreja. Precedidas por dias de desfiles de trajes, pompa, apostas altas, as corridas demoram somente 90 segundos cada uma. O vencedor recebe o Palio, uma bandeira de seda. A festa dos vencedores e a discussão dos perdedores podem durar semanas. A praça é composta de outros lindos prédios, a Fonte de Gaia, no extremo norte, toda em relevos das virtudes, Adão e Eva e a Madona e o Menino. Seguimos pela Via Citta, com lojas sofisticas, hotéis cinco estrelas, uma delícia para caminhar, apreciar seus prédios e vitrines. Suas outras piazzas, casarios, etc, formam um dos conjuntos mais harmônicos e belos de todas as cidades que visitamos. Para jantar, massa e pizza, mas o que o marcou foi que de uma mesa ao lado puxaram conversa conosco dois casais de noruegueses, que estavam viajando de bicicleta por essa região.  Batemos um longo papo, trocamos endereços  telefones e e-mails e nos marcamos de nos encontrarmos quando formos visitar os países nórdicos. Juraram que vão nos receber e nos guiar por aquelas terras. Uma das delícias que as viagens nos proporcionam. Assim, terminou o dia, com sentimento de cidadãos do mundo. Amanhã é o último dia de visitas. Contaremos antes de pegar o voo de volta no dia 30. Beijos.


27/09/2010 

Queridos Amigos e Amigas. Hoje foi um dos dias mais especiais da viagem. Saímos de Florença para entrar de cabeça na Toscana. Começamos por Fiesole, situada em uma paisagem de sonho, no alto da montanha, entre oliveiras, Fiesole tornou-se um refúgio para muitos turistas, a 8 km de Florença.  A viagem, subindo radicalmente as montanhas da Toscana, completamente entre belíssimas florestas, vendo toda a Florença lá embaixo além de lindas paisagens montanhosas, nuvens baixas, friozinho de montanha, cidade limpa, florida, e turisticamente muito interessante, nem parecia ser na Itália.  Atrás da Catedral encontra-se um sitio arqueológico com ruínas de um teatro romano quase intacto do século 1 a.c. e de muralhas etruscas do século 4 a.c., além do Museu Faesulanum, com uma coleção de objetos de bronze e jóias de bronze da Idade Média. O interessante foi que um gato, muito simpático e familiar, nos acompanhou durante o percurso, como se fosse nosso há anos. A Praça da cidade é romântica, toda florida, toda limpa e organizada. Um sonho na montanha. Visita que poucos fazem, mas que muitos perdem mesmo estando ali perto, em Florença.  De Lá partimos para Pistoia, onde já chegamos com sol, depois de uns pingos de chuva no final da visita de Fiesole. Soldados brasileiros mortos na 2 Guerra foram enterrados ali e transferidos os restos para o Brasil em 1960. Uma bela praça maior, com prédios portentosos, incluindo o duomo com fachada em estilo românico de Pisa. O seu campanário foi construído no século 12, originalmente como torre de vigilância nas muralhas da cidade. Completam o conjunto turístico da cidade, um casario com calçadas dedicadas aos pedestres, a Capela del Tau e San Giovanni Fuorcivitas. A cidade é um centro de fabricação de peças de metal, tendo muitas esculturas desse material espalhadas pela cidade e hoje produz desde ônibus a molas de colchão.  Interessante. O melhor, todavia, estava por vir. Colocamos Vinci, no GPS. Começamos a subir, em ziguezague uma montanha, entre florestas, parreirais, hotéis fazenda, oliveiras carregadas de azeitonas e paisagens de tirar o folego. Lá no pico chegamos na cidade onde nasceu Leonardo DaVinci. Emocionante. Um Castelo onde há um museu com todas as invenções do próprio,  algumas funcionando na frente dos nossos olhos. As casas ao seu redor, todas bem cuidadas e floridas, alguns hotéis,  um sonho. Ficamos estasiados. Um lugar significativo e, de alguma forma, pudemos entender porque ele foi um gênio  Também!, nascer num lugar daquele, onde a inspiração está à flor da pele. Um lugar imperdível  sob todos os aspectos. Dali nos direcionamos para Lucca, com um centro histórico cercado por muradas sobre os quais as pessoas fazem corridas, em três pistas. Nos hospedamos e demos uma volta ligeira, já noite. Amanhã conheceremos a fundo. O jantar foi espetacular, num dos melhores restaurantes da viagem. Serviço perfeito do início ao fim, começando com um copo de champanhe por conta da casa. Entradas magníficas, hoje fomos de carne, incrivelmente saborosa, com um tinto Chianti que harmonizou perfeitamente. A sobremesa, frutas flambadas com sorvete, comprovou que o Chef era dos melhores. O chamamos à mesa e o cumprimentamos pela excelência da comida. Não entendia inglês mas chamou um intérprete e ficou deveras emocionado. Mereceu. Um dia coroado com perfeição. Amanhã tem mais. Beijos.

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26/09/2010 

Queridos e Queridas seguidores. Ontem nos esquecemos de mencionar que assistimos um belissimo desfile, na Piazza della Signoria, em homenagem ao vinho Chiante, com um grande numero de pessoas vestidas coloridamente como na Idade Media, muitos tambores, instrumentos de sopro, bandeiras, carro de boi todo decorado com garrafas de vinho, carros alegoricos com criancas e outros distribuindo vinho, um canhao que por vezes atirava, enfim, muito interessante. Pena que nao podemos postar fotos para dar uma mostra da beleza do evento. No jantar, uma maravilhosa bisteca fiorentina, enorme e deliciosa (nao conseguimos comer toda, apesar de sairmos com a barriga estufada), tudo acompanhado com o especial vinho Rosso Montalcino. Hoje levantamos cedo para encarar o imperdivel Uffizi, o maior museu de arte da Italia. Foi uma maratona para entrar. Tres horas de estafante fila. Nao fosse a importancia do museu, teriamos desistido. Valeu a pena. Alem de representar a chace unica de ver o principal acervo mundial de pinturas renascentistas intalianas, o Uffizi oferece a oportunidade de apreciar obras-primas de paises como a Holanda, Espanha e Alemanha. A colecao foi acumulada ao longo dos anos pelos Medici, foi levada pela primeira vez para o Uffizi em 1581 e finalmente legada ao povo florentino por Anna Maria Lodovica, a ultima representante da familia Medici. Dentre as principais obras destancam-se Venus de Urbino, um nu sensual de Ticiano, O Nascimento de Venus, de Botticelli, A Sagrada Familia, de Michelangelo, O Duque e a Duquesa de Urbino, de Piero della Francesca, Baco,de Caravaggio, Anunciacao, de Siena Simoni Martini, Madonna in Maesta, de Giotto, Madona e Menino com Anjos, de Fra Felippo Lippi, Madona com Longo Colo, de Parmigianino, Detalhe da Anunicacao, de Leonardo da Vinci, Madona com Pintassilgo, de Rafael e Primavera de Sandro Botticelli, alem de outras tantas importantes. Para quem gosta de arte, eh imperdivel. Saidos de lah, no inicio da tarde, pretendiamos visitar a Galleria dellAcademia, onde estah o original do Davi de Michelangelo. Ocorre que a fila dobrava quarteiroes indicando mais tres ou quatro horas de tempo e condicao fisica perdidos ali. Desistimos. Fica para outra, mesmo porque, jah vimos copias em tamanho real e perfeitas mundo afora. Aproveitamos o resto da tarde para conhecer melhor a cidade. Passamos pela arborizada Piazza della Independenza, pela Fortaleza da Basso, uma pequena cidade, toda murada e um castelo no seu interior e lindas pracas com chafariz ao seu redor. Dali fomos ateh a majestosa catedral de San Lorenzo, que era a Igreja paroquial da familia Medici, reconstruida em 1419 no estilo renascentista. Quase um seculo depois, Michelangelo apresentou novos projetos para a fachada e comecou a trabalhar na obra do tumulo dos Medici sendo que o luxuoso mausoleu dos Medici, a Capella dei Principi, comecou a ser construida em 1604. Ricamente decorada com obras de arte de pintores famosos, tem um belo e agradavel claustro e um museu de tesouros riquissimos. Valeu. Agora estamos no hotel para daqui a pouco sairmos para um especial jantar jah que hoje eh um dia tambem especial na vida do Narcisio. Amanha tem mais. Beijos.
Escrito por narcisiorodrigues às 13h17
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