quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Viagem à Itália

25/09/2010 


Queridos seguidores e seguidoras. Choveu muito à noite. Mas, como diz o amigo Marcelo Zanellato, os deuses conspiram a nosso favor e ao acordarmos sol e céu azul, com um ventinho mais fresco, próprio para exploração da cidade. Tínhamos a expectativa de que Florença fosse uma cidade mais clássica  mais sofisticada e mais romântica  tudo pelos filmes ambientados nela. É, todavia, uma cidade comum, nada de especial em relação a tantas outras que já vimos na Itália  Saímos do hotel na metade da manhã e logo chegamos na Piazza de Santa Maria Novella. De destaque na respectiva igreja ali localizada temos os pilares da nave que vão se aproximando em direção ao altar, um truque que cria a perspectiva de uma igreja mais longa do que efetivamente é. Dali, seguindo suas ruas estreitas, chegamos na Praça do Duomo, onde se destacam o Duomo de Santa Maria del Fiore, muito linda por fora, toda em mármore verde, rosa e outras cores formando, com seu campanário da mesma maneira decorado, um belo conjunto. O interior, todavia, é decepcionante. Bem simples, destacando-se apenas o piso do século 16, colorido e intrincado. Belíssimo por dentro, de outro lado, eh o batistério que completa o conjunto, com o portão do paraíso  assim chamado por Michelangelo, com dez painéis em relevo mostrando temas bíblicos  todo dourado e feito por Ghiberti em 21 anos. O seu domo interior é riquíssimo  com muito ouro formando quadros bíblicos  numa obra de arte magnífica. Pegando uma rua lateral, chegamos na piazza dela Signoria onde está o Palácio Vecchio, com uma torre com relógio  que se destaca e em sua frente, diversas esculturas, entre elas uma cópia de Davi de Michelangelo, o rapto das Sabinas, Perseu, de Cellini, diversas estátuas romanas, e na sua lateral a majestosa Fontana di Nettuno. Visitamos o interior do Castelo, merecendo destaque apenas o Salone de Cinquecento, de 1495, ricamente decorado. Dali descemos em direção ao Rio Arno e, olhando à direita, divisamos a famosa ponte Vecchia. Decepção.  Muito mal conservada, menos interessante do que sua fama e por ela passando, vimos de destaque apenas as lojas vendendo jóias de ouro e prata, mas em prédios sujos e mal conservados. A visita só vale pela fama, porque já vimos outras pontes do gênero muito mais interessantes e belas, na Europa. Seguimos em frente e demos no Palácio Pitti, iniciado em 1457, construído para o banqueiro Luca Pitti, para rivalizar a família Médici, que dominava a cidade. As despesas de manutenção o levaram à falência e acabou sendo comprado justamente pelos Médici em 1550. Abriga vários museus, que visitamos, destacando-se os quadros As três idades do homem, 1510, de Giorgiano, Madonna Sentada, 1515, de Rafael, Judite, de Gentileschi, dentre outros. As salas do apartamento real também são ricamente decoradas, com muitas peças de arte de todas as partes do mundo e com tetos impressionantemente esculpidos. Visitamos também seus jardins que, não estão, todavia, devidamente conservados. Voltamos para o outro lado do rio e visitamos a famosa Igreja gótica de Santa Croce em cujo interior se destacam os túmulos de Michelangelo, Maquiavel, Galileo e Dante Alighieri. Visitamos também os seus claustros, a Capella Bardi e seu museu sacro. Um dia cheio. Voltamos para o hotel para o descanso e estamos saindo para jantar. Amanha o museu Uffizi deverá ser o destaque. Mas já é outra história. Beijos.



24/09/2010 

Queridos Amigos e Amigas. Hoje começamos o dia em Gênova  Novo dia de sol. Tínhamos receio que fosse uma nova Nápolis. Não é. É muitíssima melhor. Grandes prédios  com lindas fachadas ricamente esculpidas, dos tempos áureos da cidade, especialmente no Século 16 quando, inclusive, financiou a viagem de Cristóvão Colombo quando descobriu a América. Referidos prédios tem arcadas que protegem as pessoas do frio, chuva e calor, destacando-se as daqui, pois tem o piso que é todo decorado como se fosse no interior das casas e castelos. Muito bonito e gostoso de andar por essas que eram as calçadas de antigamente. Ao lado desses prédios de luxo conviviam ruas muito estreitas por onde transitavam os marinheiros e as prostitutas. Depois de caminhar pela larga avenida XX de Setembro, chegamos à majestosa Piazza de Ferrari, com uma grande fonte ao centro jorrando água quase lilas, e maravilhosos prédios formando seu conjunto arquitetônico  Dali fomos até a Porta Soprana, duas torres, de um lado redondas e de outro quadrada, unidas por um arco. Passando por ele, distante poucos metros está a casa que foi de Colombo. A seguir, fomos até a piazza Matteotti, onde está o imponente Palácio Ducale, antiga casa dos doges de Gênova  hoje um importante centro cultural e artístico.  Tem dois belos pátios e arcadas do século 16. Ali perto a Igreja de Gesu, barroca, construída entre 1589 e 1606, com riquíssimo interior em ouro e grandes pinturas. Já o Duomo, dedicado a San lorenzo destaca-se mais pelo seu exterior, feito de pedras negras e brancas intercaladas, formando um belíssimo conjunto. No seu interior destaca-se apenas o teto, ricamente esculpido e pintado em ouro. O resto é simples. Descendo, fomos até a baia de Gênova  onde estão estacionados os grandes navios de cruzeiros e onde está o Aquário  um dos maiores de mundo, além de um guindaste que levanta, sobre a baia, um elevador panorâmico e que gira duas vezes 360 graus, de onde tivemos uma vista magnífica de toda a cidade e tiramos belas fotos. Pena que não conseguimos publicá-las. Visitamos todo o centro histórico que culminou com a Oktoberfest de Gênova  onde pudemos comer o famoso pão com liguiça, típicos da Alemanha, ouvir uma banda típica de Munique e a Dirlei tomar um Chopp, já que o motorista não podia. Uma cidade que merece ser visitada. No meio da tarde rumamos para Pisa. A estrada, à beiramar, com muitas belas paisagens nas montanhas, mas também com muitos túneis e viadutos. Estávamos com medo de não nos impressionarmos tanto com a famosa torre de pisa,  pois que já havíamos visto muitas torres pendidas pela viagem. Ledo engano. Ficamos maravilhados com o conjunto formado, intra muros, no meio de um grande gramado, pela Torre, o Duomo, o Batistério e o Camposanto, todos prédios belos construídos com pedras claras, quase brancas ou rosadas. A torre impressiona pela sua beleza plástica, seu tamanho e sua inclinação.  Chega a dar vertigem e parecer impossível ela permanecer em pé. Só a evolução da engenharia faz com que assim permaneça  deslumbrando a todos que a visitam. Ela originalmente foi construída como um campanário do Duomo, cuja construção foi iniciada por Buscheto em 1064. A Catedral é considerada um dos mais belos edifícios em estilo românico de Pisa na Toscana, com sua fachada com quatro fileiras de colunas e mistura de intricadas arcadas falsas. Seu interior também é belíssimo e ricamente decorado, com um púlpito ricamente esculpido em mármore  diferente de tantos outros que já vimos. Já o Batistério circular começou a ser erigido em 1152, com estilo românico  sendo concluído em um século, em estilo gótico mais ornamentado. Destacam-se no seu sóbrio interior, o batistério  o altar e o púlpito  menor que o da Catedral, mas igualmente belo. O Camposanto ou cemitério  um edifício retangular com arcadas de mármore foi iniciado em 1278, é o quarto elemento desse conjunto tao harmonioso, belo e chocante, que vale e muito ser visitado. Com essas impressões  ao final da tarde rumamos para Florença.  Hotéis todos lotados, mas encontramos um ao nosso gosto. Amanhã trataremos dela, onde chegamos, com tempo nublado e os primeiros pingos de chuva da viagem. Beijos.



23/09/2010 

Queridos Amigos e Amigas. Descobrimos hoje que Bolonha eh melhor à noite do que de dia. Uma noite agitada, com vários bares de happy hour completamente lotados, pessoas na rua, enfim. Uma festa em plena quarta à noite. Hoje, de dia, ela revelou-se taciturna. Prédios históricos com aparência escura, de tijolos à vista já gastos, próximos uns dos outros, dão sensação de clausura. De se destacar, todavia, a grande Piazza Maggiore, com prédios imponentes, alguns em reforma, como a catedral, cujo interior em branco, visa dar sensação de amplitude. Pé direito muito alto. Nos chamou a atenção  todavia, uma grande linha, numa faixa larga, cruzando uma das naves de forma enviezada, chamada de linha meridiana, foi traçada em 1655 pelo astrônomo Gian Domenico Cassini e mede 67 metros. Nela constam os signos do zodíaco,  os meses e os dias. Muito interessante, mormente pelo local onde se encontra. A gastança para construção da Catedral foi tão grande que sequer foi terminada e, dizem, a revolta de Calvino teria começado por isso. Interessante, também  a Abazzia de Santo Stefano, um conjunto labiríntico  com igreja, batistério em prédio próprio, vários claustros, tudo com aparência da idade média, mesmo porque, originalmente construído no século 5. Dali fizemos um recorrido conforme sugerido pelo guia, passando por suas pequenas praças  Cavour, Galvani e Minghetti, seus prédios públicos, museus e igrejas históricas, e, especialmente o monumento a Netuno, e duas grandes torres, uma visível e acentuadamente pendida como a torre de Pisa. A visita valeu, mas não é isso tudo. No início da tarde fomos rumo a Parma, pela A1. O primeiro acidente que vimos na Itália atrasou a nossa chegada. Lá chegamos no meio da tarde. Era feriado. A cidade eh muito gostosa para se caminhar, bem cuidada, mas o que se destaca  e é
imperdível, é a visita ao Duomo, a Grande Catedral da cidade, que eh uma obra de arte monumental. Toda pintada, de forma magnífica por Antonio Correggio e seus discípulos.  O seu teto é de uma beleza ímpar, como nunca havíamos visto antes. Vale a visita só por isso, mas destaca-se ainda o campanário e o Batistério  parecido com a torre de Pisa, só que mais baixo e com um maior diâmetro.  A sua grande piazza, bem ampla, não tem destaque especial. Feita a visita, para o que não se precisa muito tempo, resolvemos ir dormir em Gênova.  Por autoestrada, cruzamos uma bela região montanhosa até chegarmos novamente no Mediterrâneo.  Mais um acidente fez com que perdêssemos horas preciosas na estrada, a qual, diga-se, tem a maior sucessão de túneis e viadutos que já vimos na Europa. Impressionante. Por conta do acidente havido na estrada, já chegamos noite em Gênova.  Hotéis praticamente todos lotados. Um mais luxuoso e maior foi a nossa salvação.  Jantamos peixe aqui pescado, no próprio hotel, com um vinho da casa, já que era tarde e não havia condições de sair para esse fim. Contaremos as novidades da cidade amanhã. Beijos.



22/09/2010 

Seguidores e Seguidoras. Hoje pela manha completamos a visita a Ravenna. Que visita! Uma cidade imperdível  apesar de não ser turisticamente muito conhecida. Primeiro, um vasto centro todo dedicado aos pedestres e ciclistas. E como tem ciclista. A maior concentração que já vimos em qualquer cidade que já visitamos, inclusive Joinville. Impressionante o número de bicicletas. Pena que ocupam o mesmo espaço dos pedestres e muitas vezes acabam atrapalhando. O vasto centro histórico é todo calçado para o conforto dos pedestres. Andar por ela é uma delícia. Aliás, a cidade é tão organizada, todos os prédios tao conservados, as pessoas tão discretas sem falar alto que muitas vezes nos perguntávamos se estávamos mesmo na Itália.  A Piazza del Popolo, como jah havíamos dito ontem, uma das mais belas das cidades do mesmo porte que visitamos. Mas o que mais impressiona são os mosaicos em pedras preciosas e mármore de todas as cores que cobrem os tetos e as paredes da Sant Apollinare Nuovo, o Batistério degli Ariani, o Mausoleo di Galla Placidia, a Igreja de san Vitale. Enormes gravuras, ocupando teto e paredes inteiras, de mínimos pedaços de pedra ou mármore coloridos formando quadros incríveis  mais lindos do que pinturas. É o diferencial da cidade, além de tudo o que foi mencionado. Ravenna ganhou poder no século 1 a.c. sob o domínio do imperador Augusto, que construiu um porto e uma base naval na cidade vizinha de Classe. Com o declínio de Roma, Ravenna foi transformada na capital do Império do Ocidente, em 402, uma posição que manteve durante os governos ostrogodo e bizantino nos seculos 5 e 6. Hoje a cidade é conhecida por seu mosaicos cristãos primitivos que abrangem anos de governo romano e bizantino, proporcionado comparações entre desenhos de inspiração clássica e motivos bizantinos tardios. Visita recomendada e imperdível  pelos mosaicos ali existentes. No início da tarde saímos rumo a Ferrara, a meia hora de viagem dali. A dinastia d'Este deixou uma marca permanente em Ferrara, uma das maiores cidades fortificadas da região.  A família dominou a cidade sob Nicolo II, no fim do seculo 13 e manteve o poder até 1598, quando foi forçada pelo papado a mudar-se para Modena. As principais atracões turísticas estão concentradas. O majestoso Castelo Estense, de tijolo à vista, com fossos com aguá de uma largura fora do comum, bem no centro da cidade, impressiona. As ruas e o patio do castelo, todo em pedras arredondadas tiradas dos leitos dos rios, forma um conjunto único e impressionante. O Duomo, localizado numa praça portentosa, tem um pé direito mais alto de todas as catedrais que já vimos, tudo ricamente pintado. É imperdível.  O Palazzo de Comune, o Palazzo Schifanoia, o Museo Archeologico Nazionale, o Palazzo dei Diamanti, dão uma ideia da riqueza e do apogeu que viveu esta cidade tão interessante e tão desconhecida dos turistas normais. Visita altamente recomendável.  Dali saímos em direção a Bolonha. Meia hora de viagem pela A13, chegamos na hora do rush, mas nada que o GPS e a navegadora de primeira categoria não dessem conta. Hotel arranjado, fomos fazer um recorrido de reconhecimento das proximidades. De plano demos de cara com a Piazza Maggiore, a maior e mais impressionante da cidade. Mesas de bares e restaurantes na rua, sol e céu azul se esvaindo, não resistimos. Sentamos na mesa de pista, consumimos duas birras grandes -grandes copos de chopp-, com aperitivos especiais, apreciamos o desfile da cidade à nossa frente. Sentimos que vai dar liga. Dali saímos à procura de um restaurante para a jantar e, surpresa, viramos uma rua e uma lua cheia, num céu azul só aqui visto na Itália  nos deu certeza de que estávamos bem locados. Polpeta com abobora recheada, Fetucine ao ragu e um tinto reserva Sangiovese, coroaram a noite. Amanhã dissecaremos Bolonha e contaremos. Beijos.



21/09/2010 

Seguidores e Seguidoras. Hoje, mais um dia lindo de sol, acordamos em Assis com um belo vale ensolarado da Umbria aos nossos pés. Tomado o café da manhã, partimos em direção a Spoleto, segundo o guia da Folha, uma das três mais importantes turisticamente da região da Umbria, ao lado de Perugia e Assis. Perto, em pouco tempo estávamos lá. Em cenário arborizado, Spoleto é tida como uma das mais agradáveis cidades de colina da Umbria. Aliás, o que não falta, viajando pelas estradas da região  são cidades nos topos da colinas, normalmente com um castelo ou uma igreja no topo e o resto da cidade como que se escorrendo morro abaixo. Herança do tempo das invasões  como postamos anteriormente, onde a prioridade era a defesa. Nos decepcionamos um pouco com Spoleto já que ela tem um perfil, na montanha, e um casario com um potencial turístico enorme. Fosse na Suíça ou Alemanha, certamente seria imperdível.  Como é na Itália  as casas estão mal pintadas, algumas caindo pedaços da parede, poucas com flores na sacada. Enfim, fizemos uma caminhada da base até o topo do morro, com escadarias em ruas estreitas, mas só vimos potencial. Spoleto foi fundada pelos Umbrios e era uma das mais importantes colônias romanas da região.  Manteve sua importância no sob o domínio dos lombardos que no século 7 a fizeram capital de um de seus três ducados italianos. Após um período como Estado independente, a cidade caiu nas mãos do papado em 1354. Não recomendamos. Dali partimos em direção a San Marino, país encrustado no território da Itália,  próximo de Ancona e Ravena, quase no norte do País. Viajamos por uma região bem verde e acidentada, sendo que tivemos que transpor algumas serras do rio do rastro pelo caminho. No meio da tarde chegamos ao novo país que estávamos por conhecer. Sem nenhuma burocracia, nele entramos como que saindo de uma cidade a outra da Itália.  Ao longe divisamos uma elevação rochosa radical, com paredões verticais, sobre o qual está a cidade histórica de San Marino. Subimos de carro, em zigue-zague até onde era permitido e dali, por escadarias nas muradas do castelo lá existente, chegamos ao topo. Imaginávamos que lá em cima havia uma cidade intra muros. Na verdade há o castelo, com seus muros e torres de vigia, museus, basílica e muitas, mas muitas lojas de bugigangas para turista. Em compensação  o visual lá de cima, para qualquer lado, é de tirar o folego. Hoje um pouco prejudicado por causa de uma névoa seca. De lá, inclusive, se pode ver o Mar Adriático ao longe. No Brasil San Marino é mais conhecido por sua prova anual de formula 1. É a mais antiga república da Europa e teria sido fundado por São Marino, monge e pedreiro do século 4, que teria fugido da perseguição religiosa do imperador Diocleciano. Situado no monte Titano, o país tem sua própria casa da moeda, selos, time de futebol e exército. O local é belíssimo.  Vale a visita. Dali, saímos em direção a Ravenna, a cidade dos mosaicos. Na viagem, de cerca de uma hora em auto estrada, num piscar de olhos saímos de uma região acidentada para outra de planícies a perder de vista para qualquer lado que se olhe, explorada pela agricultura. Arranjado o hotel, demos um breve volta pela cidade e já percebemos que é muito bem cuidada, sua praça principal uma das mais lindas dentre as cidades do seu porte que visitamos. Um fetucine e um rissoto de fuhghi, com vinho da região  coroaram o dia. Amanhã tem mais. Beijos.



20/09/2010 

Seguidores e Seguidoras. Primeiro gostaríamos de informar que a uol informou que a capacidade do Blog para fotos foi superada ontem, exatamente quando tentávamos carregar uma bela foto da beiramar de Bari. Estamos tentando resolver o problema. Por isso, por enquanto vai apenas o relato da viagem sem fotos. Esperamos que o interesse, que tem sido acima das expectativas não diminua. Tentaremos ser o mais preciso nas descrições para que isso supra a falta de fotos. Pois bem. Hoje o dia foi cheio. Saímos bem cedo de Foggia com destino a Perugia, na Umbria. O carro confortável,  potente, seguro e silencioso, amenizou a canseira decorrente de mais de 400 kms de viagem. No início, uma longa planície.  Seguimos sempre próximo do mar, com lindas paisagens, depois acrescidas com altas montanhas rochosas ao fundo. Passamos por Pescara e, antes de chegarmos a Ancona, pegamos uma estrada interiorana e montanhosa, muito linda, rumo a Perugia. Ao chegarmos em Perugia no início da tarde e nos impressionamos o quão alto ela ficava. Uma estrada entre árvores de ambos os lados, muito gostosa, nos levou até o alto da montanha onde Perugia está localizada. Nela estudou nosso amigo Brandão e por isso já tínhamos algumas referencias. Nada, porém, como ver de perto. Os seus inúmeros becos e ruelas como se estivéssemos na Idade Media, dão um ar diferente à cidade. Apos subirmos a pé uma longa escadaria chegamos no centro histórico.  A rua principal, ensolarada, larga e com prédios majestosos e ao fundo a Fontana Maggiore, do seculo 13 e, atrás dela, o Duomo, do século 15, com sua entrada ladeada por uma estátua do Papa Julio II, 1555, e um púlpito de  1425. Depois de um longo passeio por suas ruelas passamos pelo Palazzo dei Priori que, com suas muralhas monumentais e estruturas com ameia o tornam o edificio publico mais bonito da Umbria, pela Piazza Giordano Bruno e pelo Museu Archeologico Nazionale da Umbria. O visual do vale que circunda a cidade também é um prêmio para quem se aventura até o final das ruelas. Algumas horas depois, encerramos a visita. Recomendamos. Dali partimos para a vizinha Assis, do famoso São Francisco de Assis. Primeira surpresa foi que no estacionamento subterrâneo  quando acabamos de estacionar o carro ouvimos alguém falando português.  Para nosso espanto, era a família do Conselheiro e ex-deputado Moacir Bertoli, há muito conhecido do blogueiro, desde quando estudava direito com um de seus assessores, na década de 70. Batemos um papo e depois cada um seguiu seu rumo. Hotel arranjado, final de tarde e como sempre o céu azul e o sol nos permitiu visitar a cidade. De plano, na entrada da cidade a Basílica de São Francisco. Belíssima.  Nos impressionou mais que a de São Pedro, no Vaticano. Não pelo seu tamanho, mas pela arquitetura e belíssimas pinturas que cobrem os arcos no teto, um diferente do outro, todas as suas laterais e o altar, formando o conjunto harmonioso e belo. As pinturas são de Giotto, Lorenzetti e outros pintores famosos. Na tumba do próprio,  muita fé e emoção nos olhos dos visitantes com fé. Dali pegamos a via San Francesco e adentramos a bela cidade, toda construída na encosta de uma montanha com uma pedra clara, quase rosa, dando uma feição toda especial à cidade. Dali seguimos até a Piazza del Comune, Piazza San Rufino e Piazza Santa Chiara indo até algumas portas de saída da cidade. Apesar do terremoto de 1997, que causou grandes danos, a cidade está reconstruída na sua plenitude. Uma cidade complexa, belíssima  valendo a visita tanto só pelo aspecto turístico,  como para quem tem fé. Já noite, um vento frio próprio das regiões altas, fomos jantar na Taverna del Consoli, numa das ruelas saindo da San Francesco, onde uma linguiça da Umbria com Polenta e uma massa com funghi, acompanhada de um tinto reserva da região,  Santa Caterina, composto por três vinhos, dentre eles o Cabernet Sauvignon, e uma gostosa sobremesa, coroou este dia cheio, complexo e maravilhoso. Amanhã tem mais. Beijos.

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19/09/2010 

Anfiteatro romano, em plena praça principal de Lecce

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Piazza Sant Oronzo, em Lecce, com seu obelisco

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Seguidores e Seguidoras. Ontem conhecemos Lecce à noite. Hoje, pela manhã, após o café, saímos para conhecer o patrimônio turístico e histórico desta bela cidade. Primeiro fomos até a Piazza Sant Oronzo, cujo obelisco central está encimado por Santo Orêncio, que foi nomeado bispo de Lecce por São Paulo, no ano 57 e depois martirizado pelo imperador Nero. Na mesma Piazza encontramos, com somente sua metade preservada, um anfiteatro do seculo 1 a.c., escavado em 1938. Impressiona ver aquilo bem no meio da Praça central da cidade. Dali seguimos pela via histórica Vittorio Emanuelle, passando pelo Palazza Vescole, de 1632, pela praça do Duomo, de 1659, oficinas de papier-mache, tradição da cidade e fomos até a Porta Rudie, do século 18, que leva aos bairros mais afastados. Seguimos pelas ruas de casario preservados, todos com calcadões próprios para pedestres, até a Porta Napoli, toda feita, como o Duomo e demais prédios históricos, com a pietra de lecce, uma pedra clara fácil de esculpir. Passamos ainda pela igreja Santa Croce, erguida entre 1549 e 1659, e ao Castelo, também no centro da cidade, uma estrutura do século 12, estando aberto para visitação só um de seus andares. Lecce foi originalmente uma colônia grega messapi. Tornou-se importante centro do Império romano e, na idade media, ganhou tradição cultural. Grande parte de sua arquitetura eh no estilo barroco. Enfim, Lecce vale a pena, por estar preparada para o turismo, com bons hotéis,  restaurantes, povo acolhedor e ruas preparadas para se caminhar e apreciar suas belezas. No início da tarde rumamos para Bari. A estrada, num planície a perder de vista, do seu lado direito, ao longe o mar, primeiro com quilômetros de oliveiras, depois com pântanos que iam até o mar. Algumas cidades tem estrutura de praias, mas poucas. Depois de alguns quilômetros  à esquerda uma cadeia de montanhas não muito altas, que aos pouco foram se aproximando e cruzamos por sobre elas já que vieram até o mar, esvaindo-se nele. Chegamos em Bari, uma grande cidade, com avenidas a perder de vista, algumas muito arborizadas e gostosas para um passeio, outras com grandes prédios antigos e majestosos bem conservados. O mar azul, sua beiramar com belos calcadões.  Caminhamos pela beiramar, por sua área histórica preservada até um enorme castelo, de 1233, cuja visita nos reservou várias surpresas, com seu enormes salões  seus subterrâneos e as peças de cerâmica e esculturas encontradas nas escavações.  Na época dos romanos, Bari era apenas um centro comercial, mas durante a ocupação sarracena em 847, tornou-se uma capital regional e mais tarde recebeu o catapan, o governador bizantino do sul da Itália.  Sob o domínio normando, em 1071, tornou-se um centro naval, que vem até nossos dias, com o porto de onde partem enormes cruzeiros, especialmente para a Grécia.  Vimos um deles partir e desaparecer no horizonte do Adriático.  Bela e organizada cidade. No final da tarde fomos até Foggia, onde vamos pernoitar. Saímos para jantar e novamente toda a cidade na rua, todos vestidos como se fossem para uma festa chique, só para caminhar na noite. Algo diferente e comum às três cidades visitadas nesta região.  O prazer de sair por sair, para conversar, jantar e unir toda a cidade nos seus calçadões feitos no capricho para viver este estilo de vida. Foggia não é uma cidade turística  apesar de ter seu centro histórico com o casario, nas ruas estreitas, preservado. Amanhã subiremos ainda mais para o norte. Nos encontraremos aqui. Beijos.





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