segunda-feira, 6 de junho de 2011

Recantos bucólicos da Dinamarca

Seguidores e Seguidoras,

Finalmente chegou o dia que tanto gostamos. Botar o pé no mundo, sem destino, sem lenço e sem documento. Antes de postarmos o que aconteceu neste dia de interior da Dinamarca, importantes registros do último dia de Copenhage. O Jantar no Ristorante Italiano (http://www.italiano.dk/) foi maravilhoso, tanto no sabor, quanto no atendimento. Um dos garçons, casado com uma italiana filha do dono, é gaúcho e residiu muito tempo em Canasvieiras, em Floripa, e tudo o que ganha investe em imóveis também em Floripa, para onde pretende retornar para ali fazer sua vida. A propósito, mais cedo, no café da manhã, encontramos  uma brasileira, casada com um Suiço e a sogra, que estava junto, reside no Balneário, no Estreito, em Floripa. Mundo pequeno. Voltemos ao jantar. A Blogueira foi de um Tagliarini a Pescatora, que foi um show. Altamente recomendado. O blogueiro, num tradicional à bolognese, tudo acompanhado de um tinto de Montepulciano, cidade que visitamos em setembro, na Toscana. Inesquecível. Quem visitar Copenhage, tem que provar desses sabores.

Pois bem. Hoje, feito o check-out, rumamos para o Terminal 3, do Aeroporto de Copenhage, para pegar o carro, nosso companheiro íntimo do resto de viagem. Fomos muito bem atendidos pela Avis. O carro, e que carro, já estava lá nos esperando, conforme nos haviam noticiado por e-mail, dias antes. Um invocado Audi A5, preto, rebaixado, dois escapamentos, muitos cavalos, além do que os limites de velocidade daqui permitem, mas asseguram seguras ultrapassagens, 5 portas, muito espaço no bagageiro e muito conforto. Não foi difícil se adaptar ao bichinho, porque o blogueiro já teve, por cinco anos, um A4, turbo 180cv. Vencida a burocracia, para nós apenas mais um pequeno detalhe, carregamos o possante com as malas, ajustamos o GPS e partimos para o interior da Dinamarca.

Primeiro destino, uma sugestão para lá de oportuna e interessante do nosso amigo, o brilhante Promotor de Justiça e assessor do Corregedor Nacional do MP, Ernani G. de Almeida, qual seja, Hellerud, cerca de 20km de Copenhage. A pequena cidade é uma graça, com uma rua principal fechada aos veículos, bem calçada, inclusive com guias para cegos e limpa, que dá numa praça bonita e movimentada que, por sua vez, dá num lago belíssimo, cheio de aves, inclusive um casal de cines brancos e marrecos d'água coloridos cuidando dos seus filhotes. O melhor, todavia, estava por vir. Na outra extremidade do lago, um dos mais belos castelos reais da Escandinávia, o Frederiksborg, que ocupa três pequenas ilhas, cercadas pelo lago. Criado para residência de FredericoII(1559-88), foi reconstruído por seu filho, o rei Cristiano IV, em estilo renascentista holandês. Ao fundo, o exuberante jardim, com suas cascatas e labirintos de plantas, descendo uma encosta, tudo de tirar o fôlego. O local é de uma visita imperdível, mesmo para quem só vir visitar Copenhage. Obrigado Ernani.

Dali, pé na estrada para desnudar a Dinamarca. Estrada impecáveis, ou num túnel de árvores verdes ou rodeada de lavouras de trigo, ainda verdes, ou de canola, tudo amarelo-ouro. Aqui e ali, torres de produção de energia eólica. Nessa toada, chegamos em Helsingor, que fica no ponto mais estreito do Canal de Oresund, entre a Suécia e Dinamarca. Dela dá para ver, no outro lado, Helsingore, na Suécia. Seu bairro medieval, com casas com madeirame à vista, do período medieval, vale a visita. O Kronborg Slot, castelo que fica em uma ponta de terra que avança para o mar, destaca-se na vista da cidade. É famoso por ter sido o cenário de Hamlet. A cidade é muito humanizada. No centro histórico, todas as ruas são fechadas aos veículos, a grande praça tem muito movimento, toda rodeada de bares e restaurantes onde, num banco de praça, apreciando o movimento e as figuras exóticas do local, tomamos um sorvete, especialidade da casa, já que o calor era mais de 26ºC. O clima, aliás, estava hoje de verão puro, com sol e muito calor.

Curtida Helsingor,  partimos em direção a Roskilde, cidade que, quando povoado ganhou proeminência em 980d.c., quando o rei viking Harald "dente azul" ali construiu a primeira igreja cristã  de toda a região. Hoje é uma cidade calma, embora seja palco de um dos maiores festivais de música do norte da Europa. Dois pontos altos da cidade. A Roskilde Domkirke, que ergue-se no local  onde se situava a igreja original de Harald e é mausoléu real: 30 reis e rainhas dinamarquesas estão enterrados no seu interior. O Vikingeskibsmuseet, no Fiorde de Roskilde, é um museu marítimo que contém cinco barcos vikings, construídos por volta do ano 1000 d.c. e desenterrados  do fundo do fiorde em 1962. Fizemos uma longa caminha por um parque para lá chegar. Valeu o esforço. Para quem tiver a nossa disposição, vale a visita.

No possante novamente, já num fim de tarde, uma trovoada de verão nos pegou atravessando uma impressionante ponte sobre o mar e que liga as duas partes separadas da Dinamarca. Quem vê um mapa maior do país, pode perceber. Esperamos curtir melhor a travessia, na volta, quando rumaremos em direção à Suécia. Agora vamos curtir esta parte de cá, começando por Odense, onde estamos hospedados no ótimo First Grand Hotel onde na janta, acompanhado de um Riesling da Alsácia, saboreamos um peixe local, inteiro grelhado, com molho de manteiga e limão, acompanhado de batatas e verduras refogadas, chamado plaice. Uma pequena caminhada pela cidade "para baixar o vinho e a janta", retornamos para o hotel. Amanhã tem mais. Um beijão para todos, especialmente para aqueles que, com seus espirituosos comentários, fazem nossa viagem muito melhor. Narcísio e Dirlei.

Audi A5, o companheiro de aventura

Praça movimentada de Hellerup

Castelo Frederiksborg, em Hellerud

Visão parcial do jardim do Castelo

Casario típico de Helsingor

Canal de Oresund, de um lado Dinamarca, de outro Suécia

CasteloKrombor, em Helsingor

Praça principal de Helsingor

Catedral de Roskilde, túmulo de 30 reis e rainhas da Dinamarca

Réplicas de barcos Vikinks, em Roskilde

Réplica de grande barco Viking que em 2007 reproduziu uma viagem deles


4 comentários:

  1. Queridos amigos
    Consegui contar 3 pessoas na foto da "praça movimentada"! Uma curiosidade que tenho: como vocês fazem os apontamentos para escrever o blog? Como conseguem guardar tantos detalhes, nomes de praças, de castelos, ruas, pessoas, dados históricos, etc...? Outra curiosidade: qual o custo diário de um "avião" destes - Audi A5?
    Abração, do Zucco.

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  2. Caros desbravadores nórdicos,

    A precisão da narrativa da viagem, coloca-me como terceiro passageiro no bólido preto graúna com o qual percorrem essas maravilhosas estradas que também já tive a oportunidade de conhecê-las. E, acompanhando os viajantes, levanto um brinde, com um bom tinto, desejando-lhes flores pelo caminho.
    Abraços do Nelson

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  3. Queridos amigos!
    Está sendo maravilhoso acompanhar esta viagem belíssima com vocês! Todos os dias vejo as fotos e leio os comentários, que de tão detalhados nos colocam ao lado dos viajantes. Estou ansiosa pelas fotos da Noruega! Beijão e felicidades! Sandra Goulart e família.

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  4. olá Narcisio e Dirlei..
    sou o garçom gaúcho de Florianópolis que atendeu vocês no ristorante italiano em copenhague.. lembram?? li as postagens referentes a copenhague.. como moro aqui a 4 anos.. assim como vocês recomendo a visita a esta cidade linda.. porém não vejo a hora de voltar para nossa Floripa maravilhosaaa.. espero encontrar vocês por ai pra tomar uma original bem gelada!! grande abraço e boas viagens!! Ednardo Rollet.

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