sábado, 17 de setembro de 2011

Explorando a fundo os Pirineus

Seguidores e Seguidores,


Felizes, comunicamos que embarcou no banco de trás do nosso possante a Amiga Karina Mello. Seja bem vinda e aproveite a viagem como nossa seguidora oficial.


Hoje começamos o dia, com sol, nas montanhas dos pirineus em Ax-les-Thérmes. Um charme de cidade. Um riacho com corredeiras corta o centro da cidade, com aquele delicioso barulho próprio das águas em confronto com as pedras. Hoje era dia de Marche, ou feira de produtos regionais na praça principal da cidade. Demos uma volta por lá. Tinha de tudo. Desde roupas, calçados, produtos de limpeza, até paella, galinha assada no rolete, cogumelos selvagens e tudo mais que uma feira pode ter. Toda a cidade e cercanias circulando por ela, conversando e fazendo suas compras. Nós também fizemos. Frutas desidratadas e frescas e vagens de baunilha que a blogueira pretende levar pra casa para suas deliciosas receitas.



A cidade é voltada para suas termas, com casas especializadas em banho e cura e vive sua vida calma em suas ruas estreitas e casario da idade média preservado. Um sonho. Convidamos todos a visitá-la, se puderem e pretenderem ter momentos de pura paz e sossego.


Dali nos dirigimos para Saint Lizier, localizada em Ariége, região famosa por seu vales inclinados e panorama montanhoso selvagem. A aldeia remonta à época dos romanos e, na Idade Média, foi um importante centro religioso. Além do seu seu casario antigo, destacam-se a Catedral de Saint Lizier e a da la Sède e o seu castelo no alto do monte. Vale a visita.


No caminho entre Ax e Lizier as nuvens baixaram nas montanhas sob forma de neblina forte que, depois, tornou-se uma garoa e, mais tarde, chuva fina. Quando chegamos em Saint Lizier deu uma estiada e pudemos visitá-la sem problemas.


Dali, nos desloscamos para Saint Bertrand de Comminges, uma bela cidade no alto da montanha, é o local artístico e histórico mais notável dos Pirineus Centrais e sede de um aclamado festival de música, no verão. O destaque, no cume do morro, é a Catedral Sainte Marie. Os clautros góticos contém sarcófagos, capitéis em baixo relevo e estátuas dos 4 evangelistas.


As origens de Saint Bertrand estão na planície abaixo, na cidade  fundada pelo grande estadista romano Pompeu, em 72 a.c. Nessa época ela tinha duas termas, um teatro, um templo e uma basílica. Todos foram destruídos por Clóvis, em 585. Seis séculos depois, o bispo Bertrand de I'Isle viu ali um lugar perfeito para construir uma catedral, tornando-se então, em grande centro religioso. Dentro da catedral há 66 magníficos baixos-relevos do coro e da caixa do órgão, do século 16 além de mobiliário magnífico onde os clérigos se sentavam, todos esculpidos em madeira. Chamou nossa atenção que a Catedral não foi feita para o povo, mas apenas para os religiosos, com lugares perfeitamente demarcados próximos do altar. Muito interessante para se ver e visitar. A chuva não permitiu uma foto de fora, mas as do interior darão uma idéia do aqui relatado.


Dali nos dirigimos para Pau, em direção ao Atlântico, cidade universitária animada, possui uma elegante arquitetura Belle Époque ruas e parques arborizados. O Castelo de Pau é belíssimo e muito bem cuidado e limpo e com um belo jardim. A cidade é muito gostosa para se caminhar entre as ruas e o casario do centro velho e o seu lado moderno é muito bem resolvido. Se clima ameno faz com que muitos europeus venham morar aqui, especialmente ingleses.


Pau é famosa por ser a terra natal do rei francês Henrique IV. Sua mãe, Jeanne D'Albret fez uma viagem de 19 dias da Picardia para cá, de carruagem, no oitavo mês de gravidez, só para ter seu filho em Pau. Ela cantou durante o trabalho de parto, convencida de que, se o fizesse, Henrique nasceria valente como ela. Logo que o bebê nasceu, teve seu lábios esfregados com alho e vinho Jurançon, segundo ritual tradicional da época. Isto mostra o encanto que a cidade causa em seus visitantes. Conosco não foi diferente. A adoramos e recomendamos muito sua visita.


Já no final da tarde, entramos novamente Pirineus a dentro para dormirmos nas montanhas. Estamos em St-Jean-Pied-de-Port, quase na divisa com a Espanha mas com cara de austríaca, pelo seu casario típico. Estamos bem no centro, no Hotel Pyrenees, da rede Relais-Chateau, cujo restaurante nos serviu um delicioso peixe vermelho acompanhado de um branco magnífico do Loir. Amanhã falaremos dela. Ótima semana. Beijos. Narcísio e Dirlei.

Obs. Hoje só publicaremos fotos de Ax-les-Thérmes e Saint Lizier, diante da lentidão da internet do hotel. Amanhã tentaremos publicar as de Comminges e Pau.


Esta e as próximas três fotos são de Ax-les-Thérmes, suas termas, casario e feira





Catedral de Saint Lizier. Abaixo seu casario e o castelo




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