sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Montauban, Toulouse, Pirineus, ohhh Pirineus, que marravilha!

Seguidores e Seguidoras,


Que dia foi hoje. Cheio de emoções, surpresas e gostos harmonizados. Explicaremos.


Começamos o dia em Montauban, que merece mais atenção do que usualmente recebe. Como irmã caçula e de tijolos róseos de Toulouse, a capital protestante do sul da França do século 17. Ruas da cidade antiga bem preservadas e uma ponte romana que, apesar de pouco aproveitada pela cidade, ainda é um dos lugares mais lindos dela. Ganha, inclusive da sua catedral de notre-dame.

Dali seguimos para Toulouse, a cidade mais importante do Sudoeste da França e é a quarta maior cidade da França. A cidade é famosa por sua indústria aeroespacial -o concorde, o airbus e o foguete ariane saíram daqui -. Toulouse tem boa cozinha regional, duas  lindas catedrais e uma cidade velha de tijolos rosados que, como dizem os franceses "é cor-de-rosa ao amanhecer, vermelha ao meio-dia e lilás ao entardecer". A cidade, todavia, depois de uma visita acurada, mostrou-se meio bangunçada, confusa, com trânsito parado. Não merece a visita. Não a recomendamos.

Dali seguimos para explorar a região dos Pirineus. Que grata surpresa. A primeira cidade foi Mirepoix. É uma cidade-bastide. O que é Bastide.

As cidades bastides foram construídas no século 13, por ingleses e franceses, para estimular a povoação de áreas vazias antes da guerra dos 100 anos. São o equivalente medieval das 'novas cidades'. Têm grade planejada de ruas e perímetros fortificados. Mais de 300 cidades e aldeias-bastide ainda sobrevivem entre o Périgord e os Pirineus.

Pirepoix é uma delas. Com uma enorme praça principal, que as fotos não puderam captar pelo sol e árvores no centro dela, sendo a maior e a mais bela do sudoeste de França. É cercada de arcadas amplas de madeira, dos séculos 13 a 15 e casas de madeirame aparente. A cidade é chocante, de tão bela. A sua praça passa a impressão exata de como ela era na idade média. As arcadas são de madeira e dão um tom mais realista ainda do que foi aquele cidade na idade média. A catedral tem um interior muito elaborado e belo, diferente da maioria das igrejas na França, que se resumem ao casco. Visita que não se pode perder. Altamente recomendável

Mas, o melhor estava por vir. Foix.  Na sua chegada, o castelo no alto de um morro, bem encostado à cidade velha, já choca. O casario totalmente preservado, como na idade média, também impressionam. A vista da região desde o alto do chateau é de tirar o fôlego. Pena que quando chegamos lá uma trovoada de verão tirou um pouco da beleza da vista e das fotos.

Na idade média, a dinastia dos Condes de Foix governava toda esta área. O conde Gaston Phoebus (1331/91) foi o mais brilhante, um poeta que se cercou de trovadores e escreveu um famoso tratado sobre a caça. Foi também muito cruel ao condenar à morte seu irmão e seu filho único.

A visita ao Château de Foix é mágica. Depois da visita ao museu, subimos até o alto de uma das torres do castelo e lá tivemos uma vista total da região. Pena que a chuva de verão atrapalhou um pouco. Antes de subirmos ao castelo, pedimos informação a três chinesas que nos revelaram que estudavam ali e se dispuseram a nos ajudar a encontrar a subida ao castelo, no emaranhado de ruas da cidade velha.  As três foram muito simpáticas e solícitas, tanto que nos levaram, como dito, até o local da subida e bateram um longo papo conosco. São de uma cidade próxima de Xangai. Outro local magnífico e cuja visita, para quem passar por aqui, é imperdível.


Com a noite se aproximando, tínhamos que achar um hotel para dormir. Nos dirigimos, mais para dentro do Pirineus, para a cidade de Ax-les- Thermes. Lá, com os melhores hotéis lotados, coube-nos o Le Chalet, duas estrelas. Ocorre que seu restaurante era cinco estrelas. Que jantar. Um serviço perfeito,  com uma sinfonia de sabores indescritíveis. A blogueira, uma paella, no estilo francês. Magnífica. O Blogueiro, um carneiro assado. Soberbo. Um vinho tinto AOC, uma sobremesa de frutas vermelhas divina e, no final, nos deram cafés de opções para escolha, e lá estava um produzido no sul de Minas, maravilhoso, mormente acompanhado de um excelente cognac, sob os efeitos do qual e de uma garrafa de vinho se escreve este blog. Um restaurante que merece ser visitado porque a química dos sabores que eles manipulam com destreza, nos fez lembrar o Chateau de Marçay, no Vale do Loir. Altamente recomendável. Venham experimentar esses sabores. Um dia cheio. Consistente. Enriquecedor. Daqui do meio dos Pirineus, um beijo a todos. Narcísio e Dirlei.
As fotos que seguem, são as de ontem, primeiro, que não puderam ser publicadas e as de hoje, depois.
Esta e as próximas sete fotos são de Montpellier, que ontem visitamos









Esta e a próxima foto, são de Beziers



Esta e as próximas quatro fotos são da belíssima Carcassonne






Esta e as próximas quatro fotos são de Toulouse






Esta e as três próximas fotos são de Montauban



Esta e as próximas duas fotos, são de Pirepoix e não são fiéis à sua estonteante beleza





Esta e as próximas duas fotos são da imperdível Foix e das amigas chinesas que fizemos






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