quinta-feira, 12 de abril de 2012

PÁSCOA NO PARADOR CASA DA MONTANHA

Seguidores e Seguidoras,


Páscoa é tempo de lua cheia. Para que ela seja usufruída na sua plenitude, sempre que possível, preferimos passar o feriadão num hotel fazenda onde ela pode ser vista e sentida como merece ser. Assim é que, neste ano decidimos curtir o Parador Casa da Montanha (www.paradorcasadamontanha.com.br) na cidade de Cambará do Sul, na Serra Gaúcha. 

Tivemos o primeiro contato com esse hotel fazenda quando, anos passados, nos hospedamos no ótimo Hotel Casa da Montanha, no centro de Gramado. De lá para cá nunca tinha aparecido uma oportunidade para curti-lo, o que, finalmente, fizemos agora. No dia 04 de abril, pela manhã, pegamos a BR-101 e fomos até Terra de Areia, já no Rio Grande do Sul, quando dela saímos para pegar a bela Rota do Sol, uma  estrada montanha acima, com belos visuais para serem apreciados. Fomos até o trevo de Tainhas onde tomamos a direita em direção a Cambará do Sul. Lá chegamos pela rua principal e, quase ao fim dela tem uma placa indicando  a entrada  à direita para o Parador. Depois de 9 km de estrada sem asfalto, finalmente, depois de  quase 400km desde Floripa, chegamos na Pousada. Note-se que existem outros dois trajetos mais curtos para lá chegar, um por Timbé do Sul e outro por Praia Grande, ambos no sul de Santa Catarina. O hotel não os recomenda porque ambos têm grandes distâncias em estrada sem pavimentação, com permanente risco para os pneus, sem contar a velocidade limitadíssima, em razão da serra e muitas curvas.

Chegamos no Parador por volta das 14,30 horas onde fomos carinhosamente recebidos pelo pessoal da casa que, de plano, antes de irmos para nossa  cabana, nos serviu o almoço, mesmo já tendo sido encerrado o horário para tanto. Depois fomos encaminhados para a nossa Cabana Suíte, chamada Fortaleza. Ela conta com uma pequena varanda na entrada, depois uma sala de estar, com o sofá que pode ser transformado em cama para mais duas pessoas. À esquerda fica o banheiro. Seguindo em frente, a cama de casal, frigobar, armário e mesa. Por fim, uma grande sacada com jacuzzi, que dá para uma riacho com cascata e campos a perder de vista com pinheirais. 

A cabana é diferente de tudo o que já vimos. É necessário entrar no site para entender. Ela é coberta com uma espécie de lona amarela. Embaixo dessa cobertura, de forma independente, uma barraca térmica, composta de 7 camadas de fibra de vidro e outros materiais que são cobertos com um pano decorativo. Nada de tijolo ou madeira, salvo no chão e na armação de suporte.

AS CABANAS - O complexo é formado por 12 cabanas, sendo três suítes como a nossa e outras chamadas cabana luxo. Na nossa, os reparos que devem ser feitos são em relação ao banheiro. A pia é uma pequena de lavabo, com uma torneira longa que cobre quase toda sua extensão. Não precisa dizer que o suporte é todo molhado quando se lava as mãos ou o rosto. Neste último, é uma inundação plena de todo o aparador. No que toca à ducha, o box e o piso são de material bem simples, incompatível com o preço que se paga pela Cabana (de hotel de alto luxo). Outro problema é em relação à sua posição no que se refere ao sol. Pela manhã, o sol bate na entrada, na parte de trás da Cabana e, pela tarde, o sol entra em cheio na sacada e no quarto de dormir. Impossível, com sol quente, ali permanecer. Achamos diferente e boa a Cabana Suíte, mas não vale o custo/benefício.

No que se refere às 09 Cabanas Luxo, que um casal com quem lá fizemos amizade, o Junior e a Nádia, da cidade de Canoas-RS, nos mostrou, definitivamente não recomendamos. Em sua frente, uma pequena varanda com cadeiras. Dela já se entra diretamente no cabana que é, na verdade, um espaço onde praticamente só cabe a cama, e olhe lá. No pé da cama, um banco onde a mala deve ficar, permanentemente arrumada, já que não há armário ou outro local para pendurar o que quer que seja. Tão logo se entra, no canto esquerdo, uma cortina, atrás da qual tem o bacio. Fora dela, uma pequena pia, voltada para a cama. Não tem chuveiro. O banho tem que ser tomado no banheiro comunitário, longe dali, junto ao prédio principal. Imaginem dias gelados da serra. Pior de tudo. Não tem janela. A única abertura é a porta. Fechada a porta, você fica sufocado lá dentro. Pelo preço cobrado, definitivamente não recomendamos.

A COZINHA - Um bom café da manhã, com cereais, iogurte, frios, uma torta, biscoitos, pão integral e branco e  bom café e leite quente sempre à disposição.
O almoço, servido em buffet no estilo campeiro, cada dia com duas carnes, ou peixe, com feijão ou lentilha, verduras e outros acompanhamentos e, ao final, três ou quatro tipos de sobremesa. Como dito, tudo muito campeiro e adequado ao local, além de saboroso.
No final da tarde, das 15 às 17,30, um chá ou café, com biscoitos, mini-pizzas, torta, bolinho de chuva, orelha e gato ou cueca virada(como queiram) e outros quitutes.
No jantar, servido à francesa, já empratado, cada noite, uma ou duas opções. Primeira noite, um carrê de javali, com polenta. Segunda noite Picanha ao molho, na seguinte risoto de camarão e, no sábado, truta. Como pretendíamos tomar um bom chateauneuf du pape,  pedimos medalhão de filet mignon. Tínhamos uma grande expectativa  em relação à cozinha do Parador, já que somos frequentadores assíduos do restaurante Caceria, do Hotel Casa da Montanha, em Gramado, muito bom. Para nossa decepção, todos os pratos do jantar, sem exceção, estavam horríveis. O javali, uma borracha, a picanha, sem graça, o risoto, o arroz arbóreo fora do ponto, muito ao dente, e o camarão, muito cozido e muito tempo congelado, perdeu a consistência carnosa para se tornar uma massa.Por fim,   o medalhão. Pedimos ao ponto. Veio super passado, sem nenhum sabor. Novamente, era como mascar borracha. Resumo: Os jantares foram todos decepcionantes e isso deixamos claro para eles, quando saímos.

O PARADOR - 12 Cabanas, sendo três suítes e 09 de luxo, conforme já descrito anteriormente. Uma Casa-Sede, onde fica uma Casa de Banho para as cabanas luxo, o restaurante e uma sala de estar que, diga-se, é muito pequena para a quantidade de hóspedes. Impõe-se o seu aumento. 
Fica localizado numa fazenda de cerca de  700 ha, o que possibilita passeios maravilhosos, a pé, a cavalo ou em quadriciclo. Num passeio a pé que fizemos, demos de cara, próximo de nós, com um tatu/bola. Graxaim, gralha azul e todo tipo de pássaros e animais típicos dos campos altos. Um riacho médio, com peixe para pescar, corta a fazenda e passa bem próximo das cabanas, onde forma uma cascata. O hotel mantém convênio com uma empresa de aventura que, em Toyatas 4x4 leva os clientes do local para visitar os Canyons do Itaimbezinho (que revisitamos já que ali havíamos estado há 20 anos, quando da nossa primeira visita a Gramado) e o Fortaleza, este ainda sem muito estrutura, mas belíssimo, com vistas que dão no mar e na cidade de Torres-RS, lá embaixo. Nos possibilitou longas caminhadas para, do alto, termos uma melhor visão. Por isso, necessário roupas leves e calçados próprios para esse tipo de caminhada. Em resumo: Uma belíssima região, que merece ser visitada. Outras pousadas na região, com diversos níveis de conforto e preços, abrem possibilidades para todos aproveitarem esse ecossistema interessante.

O PESSOAL DE APOIO - Ponto alto do Parador. Todos simpáticos, solícitos, atenciosos e eficientes.

Apesar dos problemas relatados, a estada foi muito gostosa. O clima é agradável, lua cheia, céu estrelado, silêncio para dormir, noites frias, uma gelada com a temperatura chegando a 4º. A paisagem e as atrações naturais, encantadores. Fizemos amizade com um casal de Canoas, o Junior e a Nádia, outro casal de São José, a Cecília e o Arinaldo, uma família de São Paulo, todos muito simpáticos(casal, mãe da mulher, dois filhos, sendo uma moça e seu namorado). Trocamos muitas idéias, rimos muito, conhecemos coisas novas, bebemos e comemos muito. Esperamos que as fotos que postaremos, ajudem vocês a terem uma visão mais precisa do que curtimos neste feriado. Esta viagem foi o aperitivo da que faremos no mês de Maio, para o Reino Unido, para a qual contamos com a companhia agradável de todos. Beijos. Narcísio e Dirlei. 

Restaurante do Parador

Visão geral do Parador Casa da Montanha

Blogueira no bosque de pinheiros, na Fazenda do Parador

Visão do Riacho que corta a fazenda

Paisagem com pinheiros, na fazenda do Parador

Visão do Parador de outro ângulo

Canyon Itaimbezinho e suas cascatas

A Blogueira, Junior e Nádia, no Itaimbezinho

Paisagem do Itaimbezinho

Canyon Fortaleza

Os Blogueiros, no Fortaleza

Fortaleza

Fortaleza

Noivos posando para fotos no alto do Fortaleza

O aperto da Cabana Luxo

As três Cabanas Suíte

Visão do complexo do Parador

Nossa Cabana Suíte

Visão do quarto de dormir e da sacada da nossa cabana

Visão do quarto de dormir, da sala e da entrada da nossa cabana

Paisagem da Fazenda

Sede do Parador Casa da Montanha





Um comentário:

  1. Hola, queridos.

    Lugar lindo, pessoas agradabilíssimas. Dias de calor, noites de lua cheia. Paraíso? Não, até porque aquela cerveja Gold Ale deles nos remeteu go to hell... Mas, enfim...

    Concordo com o Narcísio agora vendo a foto: a fotógrafa oficial da noiva deve ter ficado com inveja da bela imagem captada pelo "Retratista de Floripa".

    Bom, são poucos os dias que nos separam e já ficou saudade. Com a certeza de que em breve nos veremos, um forte abraço de "quebra-costelas" dos gaúchos de aqui.

    P.S.: Dirlei, e aquele filme (qual era o nome mesmo?)... eu não esqueci...

    P.S. do P.S.: Estamos escrevendo aqui e o JR lambendo os beiços pensando na moqueca que a Dirlei vai fazer pra gente quando formos à Santa Catarina hehehe.

    Hasta pronto.

    ResponderExcluir