Newcastle, O Anjo do Norte, Durham e York

Seguidores e Seguidoras,

O dia foi de surpresas e muito interessante. A primeira boa surpresa foi conhecer Newcastle, na chamada região da Northumbria da Inglaterra, uma cidade pouco conhecida pelos brasileiros, tanto que em alguns lugares, quando dizíamos de onde éramos eles retrucavam que havia sido os primeiros brasileiros que haviam passado por lá.

O nome Newcastle upon Tyne (castelo novo sobre o Rio Tyne) refere-se ao castelo normando fundado em 1080 por Roberto Curthose, o filho mais velho de Guilherme, o conquistador. Os romanos haviam construído ali uma ponte e um forte mil anos antes. Durante a Idade Média, ainda era uma cidade fortaleza. Depois, a cidade prosperou como centro de mineração e exportação de carvão. Isso é facilmente percebido no seu casario clássico que embeleza e domina o centro da cidade. No século 19, era conhecida por sua engenharia e produção de aço e, mais tarde, por causa do primeiro estaleiro do mundo.  A base industrial da cidade  decaiu nos últimos anos, mas os "geordies", como são chamados os moradores, hoje se orgulham  da ultra moderna rua comercial Metro Centre, em Gateshead, a sudoeste da cidade, e do time de futebol Newcastle United. A agitada vida noturna da cidade inclui clubes, pubs e restaurantes.

A primeira grande paisagem que impressiona é o Rio Tyne, com um conjunto magnífico de pontes que tentaremos reproduzir nas fotos. A mais famosa, de aço verde, a Tyne Bridge, em homenagem ao conde Grey. Caminhar por suas ruas foi muito agradável. O contato que mantivemos com as pessoas, só veio confirmar o que aqui temos dito. O povo inglês é um dos mais amigáveis que já conhecemos. Só para terem uma ideia, quando fomos visitar a Catedral fomos recebidos por um senhor chamado Nick. Batemos um ótimo papo e, tempos depois, quando nos acercávamos dos bancos para os clérigos, próximo do altar, ele se acercou de nós e disse que iria mostrar um segredo, de poucos conhecido. Tirou a almofada e ergueu o banco de madeira. Debaixo de cada banco havia uma escultura diferente em madeira, uma mais linda que a outra. Nessa posição formava um novo assento que permitia aos clérigos mais baixos, ficarem em posição mais elevada. Esse tratamento tem sido a tônica em todos os lugares que vamos aqui na Inglaterra.

No início da tarde, saímos em direção a Gateshead, para conhecer o Anjo do Norte. E fomos lá em homenagem ao Jon, nosso professor de sotaque Inglês. Numa das aulas ele deu como tarefa, descobrir o que era o Angel of North. Descobrimos que ele foi desenhado por Antony Gormley que se inspirou no Cristo Redentor. Viveu ele no Brasil e quando retornou, para matar a saudade, construiu o Anjo do Norte, um dos monumentos mais vistos da Inglaterra, já que pode ser visto desde a A1, uma das principais rodovias da Inglaterra. Paramos e fomos até ele. Mede 20 metros de altura e asas de 54m. Foi feito para inspirar paz e dar a impressão de querer abraçar todos que por ali passam. Muito interessante. Quem passar por aqui, tanto pode vê-lo da estrada como pode se acercar dele e ver essa figura ímpar de perto.

De lá partimos para Durham, um pouco mais para o sul. A cidade foi construída, na "ilha" Hill ou Dunholm em 995. Esta península rochosa, que dificulta o curso do rio Wear a caminho do mar, foi escolhida para guardar o corpo do são Cutiberto, onde se encontra até hoje na magnífica catedral, que foi construída entre 1093 e 1274. Destacam-se os seus vitrais, a Galilee Chapel e os pilares, decorados com padrões em V e em losango, tornando-a peculiar por estes detalhes que se sobressaem quando se entra naquele local.

A cidade destaca-se ainda, pelas suas belas praças e casario em ruas medievais que quase sempre seguem morro acima em direção à catedral e ao castelo.

Destaca-se, também, o seu grande catelo, próximo da catedral, no alto da cidade, que começou a ser construído em 1072, é uma fortaleza normanda. A sua torre octogonal, hoje faz parte da universidade. Um cidade muito bonita cuja visita também se recomenda.

No final da tarde chegamos em York, a pérola desta região. Aqui, depois de um recorrido aproveitando mais um dia de sol que faz o anoitecer retardar, mas cuja visita e relato será objeto da postagem de amanhã, fomos procurar um lugar para jantar. Quando passamos por um prédio histórico, percebemos grandes colunas, candelabros, pé direito alto, e um movimento de pessoas lá dentro. Nos acercamos e, para nossa surpresa era um restaurante italiano. Resolvemos ficar, dado o inusitado do ambiente. Os garçons nos disseram que ali foi uma casa de dança e que as colunas tinham a distância certa entre uma e outra para que os vestidos das damas pudessem passar entre elas. A comida correspondeu inteiramente à sofisticação do ambiente.

Amanhã vocês terão tudo sobre York e a York Minster, e tudo mais que fizermos. Beijos a todos.

Earl Grey's Monumento, na praça do mesmo nome, em Newcastle

Casario clássico da principal rua de comércio de Newcastle

Belíssimo centro comercial na Grey Street

Catedral de Newcastle

Praça Rainha Vitória, em Newcastle

Resquícios do Castelo de Newcastle

idem

Castelo e Catedral

Casario à beira do Rio Tyne

A beleza das pontes de Newcastle

A Tyne Bridge, a mais famosa

A ponte mais moderna

Centro de convenções de Newcastle

Detalhes da construção e dos pés do Anjo do Norte

O blogueiro próximo do Anjo do Norte para que tenhma noção da altura

O Angel of North

A blogueira, aos pés do Anjo do Norte

Ruas estreitas de Durham e seu casario

Praça do centro de Durham

Antigo casario nas ruas medievais de Durham

A enorme e bela catedral de Durham

Torre do castelo de Durham, hoje universidade

interior do restaurante ASK, onde jantamos hoje

Portal do Castelo de Durham