sexta-feira, 7 de setembro de 2012

Palácio de Verão, Puskin e Catedral São Isaac

Seguidores e Seguidoras,

Hoje foi dia para conhecermos um pouco dos subúrbios de S. Petersburg e uma nova cidade da Rússia, tudo, quando por volta das 09,30 nos dirigimos para conhecer o inigualável Palácio de Verão Ekaterina, na vizinha cidade de Puskin. Na periferia de S. Petersburg ainda estão muito presentes resquícios do regime comunista. Os grandes conjuntos residenciais, em prédios retangulares, feios e todos iguais, ainda estão lá, caindo aos pedaços em razão da péssima qualidade dos materiais usados na construção e considerados hoje por eles, suas favelas.  Há ainda, os saudosistas do regime relembrando a estabilidade que tinham em questões básicas, mas de outro lado, não deixam de ressaltar as conquistas, como a liberdade de ir e vir, de expressão e das modernidades que vieram depois. Exemplo disso, são os dois aeroportos de S. Petersburg. O dos voos nacionais é bem maior que o internacional, já que as pessoas estavam impedidas de viajar para o exterior e, por isso, só se deslocavam internamente.  Tudo, matéria para um longo papo. Vamos ao que interessa.
A vizinha cidade de Puskin é muito interessante. Bem humanizada, com belíssimos parques gramados, arborizados e floridos, alto padrão de vida. Nossa guia falou que muitos moradores de S. Petersburg estão transferindo residência para lá, pela qualidade de vida e beleza do lugar, e indo apenas trabalhar diariamente na cidade maior.
Em Puskin encontramos uma jóia rara da história e da cultura da Rússia. O estonteante Palácio de Verão construído no reinado de Catarina, presenteado que lhe fora por Pedro, o Grande. O palácio impressiona desde a sua fachada externa, em branco, azul claro e dourado, obra do arquiteto Bartolomeo Francesco Rastrelli. Só nos acabamentos externos foram usados perto de 100 kilos de ouro. No interior, também com profusão de ouro, impressiona, de plano, A Sala Grande do Trono, de 846m2, ricamente decorada, com uma grande pintura no teto, afrescos de ouro nas paredes, com espelhos iluminados para dar maior profundidade.
O ponto alto do Palácio, todavia, é a sua riquíssima e inigualável Sala de Âmbar. Ainda em 1717 o Rei da Prússia Frederico I, enviou de presente a Pedro, o Grande, painéis de âmbar, que serviram de base para a magnífica decoração da Sala de Âmbar. Quem quer que a visse ficava  fascinado. Três paredes do recinto , do assoalho ao friso, estavam revestidas com mosaicos de âmbar, ofuscando pela incrível opoluência de âmbar de riquíssima  gama dourada. Durante a Segunda Guerra Mundial  quase toda a Sala de âmbar foi pilhada pelos nazistas. O processo de reconstituição durou décadas. No dia 31 de maio de 2003 foi reinaugurada com seu original esplendor. Destacamos, já que nunca tínhamos visto igual, a variedade de cores do âmbar, que vai desde um amarelo claro leitoso até um laranja queimado avermelhado.
Destaque, também, para o seu jardim de 100,6 hectares, com vários prédios e monumentos pontilhando uma extensa área verde ajardinada e enfeitada por grandes lagos artificiais e, uma ilha artificial, construída com a terra tirada para formação do lago. Destacam-se, também, uma parte dos jardins, em estilo inglês e outra, mais próxima do palácio, em estilo francês. Gastamos um bom tempo passeando por ele e admirando sua beleza
No final da visita, no corredor de saída, impressiona um cojunto de fotos mostrando como o palácio ficou destruído na Segunda Guerra, e o trabalho de excelência de sua restauração, ainda em curso. Uma visita imperdível para quem passar por aqui.
No meio da tarde, retornamos para a S. Petersburg e, como chovia, resolvemos visitar a famosa Catedral Ortodoxa de Santo Isaac, uma das maravilhas da cidade. Quarta com dito nome, foi edificada durante 40 anos e foi concebida para ser o templo principal do Império Russo. Entre os templos de cúpulas análogos pela sua dimensão (altura de 101,5m) ela ocupa o quarto lugar no mundo, perdendo apenas para as catedrais de São Pedro, em Roma, São Paulo, em Londres e Santa Maria de Fiore, em Florença.
O templo ortodoxo impressiona pela luxuosidade dos dourados, diversidade das cores de mármores, profusão de pinturas e, especialmente, seus ricos, complexos e perfeitos quadros de mosaicos. No seu interior desempenha papel importante para sua beleza a combinação de mármores de cor, malaquita, lazurita e douradura, que transmitem sumptuosidade e magnificência ao seu arranjo decorativo.
No regime comunista ela foi usada pelo Regime Comunista com propaganda antireligião, com prova de que Deus não existia e que a ciência explicava tudo, tanto que no seu centro foi instalado um pêndulo de Foucault.
Como a catedral não foi destruída durante a segunda guerra, ela  destaca-se pelo original de sua decoração, diferente da maioria das catedrais da Europa. Singular, impressionante e imperdível.
Para o jantar fizemos reserva num dos mais requisitados restaurantes da cidade, o Teplo. Amanhã daremos detalhes, junto com o que veremos na Fortaleza de São Pedro e São Paulo, numa das ilhas da cidade e o conjunto de fontes e jardins do Peterhof, nos subúrbios. Até lá. Beijo a todos. Narcísio e Dirlei.

PS. Problema técnico impediu a publicação de parte de fotos do Palácio Catarina e das fotos da Catedral Santo Isaac. Tentaremos publicá-la amanhã.
Sala de jantar verde, em estilo romano

Sala Jantar do palácio com quadros de troféus de caça

Esta e a próxima foto do magnífico salão de âmbar, com restrição para fotos

Esta a próxima foto. Exemplos de decoração dos salões do palácio


Grande sala do Trono, do Palácio Ekaterina
Esta foto e as seguintes, são do palácio Ekaterina e seus jardins





Tento pintado da Catedral Santo Isaac

Vista do interior, em mármore e pinturas, da Catedral Santo Isaac
Mais fotos do interior da belíssima Santo Isaac, inclusive com os blogueiros







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