quinta-feira, 3 de abril de 2014

TÓQUIO

Seguidores e Seguidoras,

Hoje foi dia dedicado a Tóquio. Pena que o dia foi chuvoso, fato que atrapalhou um pouco a visita e certamente as fotos não terão a mesma qualidade das anteriores.
Por volta das 10 horas a Tanako veio ao nosso encontro para, de metrô, iniciarmos nosso roteiro pela cidade. Começamos por Asakusa e seu ícone, o templo budista Senso-ji. Conhecido como Asakusa Kannonn, é o templo mais sagrado e espetacular da cidade. Em 628, dois pescadores apanharam, no Rio Sumida uma pequena estátua de ouro de Kannon, deusa budista da misericórdia. O mestre dos pescadores construiu um santuário para Kannon; em 645 o santo homem Shokai dedicou-lhe um templo. Fama, riqueza e tamanho do templo cresceram, e Ieyasua Tokugawa  doou um grande terreno. O bairro boêmio Yoshiwara avançou para lá em 1657, aumentando sua popularidade. O templo sobreviveu ao terremoto de 1923, mas não às bombas da Segunda Guerra. Os prédios  principais são relativamente novos, mas em estilo Edo.  As construções, os devotos e seus diários fazem do lugar, um lugar muito especial.
Logo depois da entrada, à esquerda, um enorme pagode budista.  Na entrada, a Nakamise-dori, uma avenida comercial de atrações tradicionais, com lojas de tudo quanto se imagina. Quanto ao templo e suas belezas tudo estará nas fotos que tentaremos postar.

Dali fomos fazer um tour de 35 minutos pelo grande rio que corta Tóquio, o Sumida, com suas margens repletas de cerejeiras floridas, num espetáculo único. A visão dos prédios modernos da cidade, suas pontes, suas estradas suspensas dão uma perfeita noção da pujança desta enorme cidade. Nada de fotos por causa da forte chuva.

Desembarcamos para fazer uma visita num dos
mais belos parques da cidade, o Jardim Hama Rikyu. Situado onde o rio Sumida deságua na baia de Tóquio, foi construído em 1654 como retiro para a família do shogun, que também caçava patos ali. Durante visita em 1879, o ex-presidente americano Uilisses S. Grant ficou em uma vila nos jardins e tomou chá verde na casa de chá Nakajima. O terreno em torno das lagoas de patos é até hoje tranquilo, agradável para passeio e descanso. Todas as casas de chá, vilas, árvores e vegetação originais, foram queimadas em um bombardeio em 29 de novembro de 1944. A casa de chá Nakagima, reconstruída tal como era, parece flutuar sobre o lago. Chá verdes e doces japoneses são vendidos aqui. A propósito, a blogueira, que adora chá, fez todo o ritual para usufruir a tradição do local. As fotos dirão como foi. Só faltou o quimono.

De lá fomos visitar o Parque Ueno e apreciar um dos mais belos espetáculos da natureza. A florada das cerejeiras. Ieyasu, primeiro shogun Tokugawa, construiu o templo Kanei-ji e templos menores aqui, no século XVII, para anular a ação de espíritos maus e ameaçadores vindos do nordeste. A julgar pelo tempo que durou o domínio dos Tokugawa, foi uma decisão sábia. Em 1873, cinco anos após a batalha de Ueno, quando os últimos partidários do shogun foram aniquilados pelas forças imperiais, o governo transformou Ueno em parque público, um dos preferidos do povo, o parque aparece em muitas xilogravuras e contos populares. O lago Shinobazu, recebe todos anos milhares de aves migratórias. Vários museus e templos se espalham pelo parque e o melhor e mais antigos zoo do Japão está aqui.  Mas, o maior espetáculo que ele pode oferecer é a florada das cerejeiras, que se dá nesta época do ano, por uma semana, cobrindo suas alamedas e trazendo toda a população do Japão para cá para, sob elas, divertir-se nos festivais próprios da época. Um espetáculo que só visto para se ter a dimensão da sua beleza. Esperamos que as fotos retratem um pouco disso.

Ainda no parque, visitamos o Museus Nacional de Tóquio, que reúne o melhor da arte japonesa de todos os tempos. Impressionam as pinturas antigas, os utensílios domésticos, as magníficas armaduras dos shoguns, a beleza delicada dos quimonos, as roupas do teatro típicos do Japão. Foi uma caminhada na história  e na complexidade da cultura deste povo. Pena que não foi possível tirar fotos.

Dali fomos para a região do Yanaka, região que sobreviveu ao terremoto de 1923 e aos bombardeios da Segunda Guerra. Preserva a atmosfera da velha Shitamaschi com centenas de casas apertadas em becos estreitos e tradicionais banquinhas de comida que vendem doces de arroz e de tempos antigos. A visita ao antigo cemitério ali localizado, com túmulos de conformação diferentes das que acostumamos ver, adquire um sentido especial pela florada das cerejeiras que enfeitam suas avenidas.

Grandes caminhadas pela cidade, hoje nos deram uma noção dessa moderna cidade mas que permanece com raízes profundas nas suas consistentes tradições e costumes.

Uma cidade para ser visitada já que bela, complexa, com belezas únicas, sem contar ser uma das mais importantes do mundo em que vivemos. Vale muito a pena.

Amanhã, o Monte Fuji e seus cinco lagos, se a chuva permitir. Até. Beijos a todos. Narcísio e Dirlei.

Esta e as próximas são do Sensoji Templo






















O Rio Sumida, suas pontes e os prédios modernos de Tóquio

O Parque Ueno e suas cerejeiras, lindo mesmo com chuva



















Mesmo com chuva, a festa sob as cerejeiras






Esta e as próximas São do Jardim Imperial e sua famosa casa de chá


A blogueira, concentrada no ritual do chá













A região de Yanaka e um pouco da Antiga Tóquio





O cemitério de Yanaka e suas cerejeiras


2 comentários:

  1. Maravilhoso!!! Que felicidade poder ver tanta beleza. Parabéns!!!

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  2. Mais uma vez as cerejeiras me encantaram, lindas mesmo sob chuva, parabéns pelas fotos.
    Abraços

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